Masking nas festas: Dr. Matheus Trilico ensina a se proteger do burnout emocional

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Neurologista  em adultos com autismo e TDAH em adultos orienta como lidar com socializações intensas e esgotamento emocional do “masking”


As festas de fim de ano podem ser um período mágico, mas também desafiador para adultos autistas e com TDAH. Dr. Matheus Trilico, neurologista referência em autismo e TDAH em adultos, alerta que a combinação de eventos sociais, excesso de estímulos e a pressão de se “encaixar” pode gerar ansiedade, estresse e esgotamento emocional.


Segundo o médico, muitos adultos autistas praticam o chamado “masking”, ou camuflagem social, tentando se comportar de forma considerada “normal” em reuniões familiares ou corporativas. “É como vestir uma máscara e mantê-la por horas. Isso consome muita energia e pode gerar cansaço extremo, ansiedade e até sentimentos depressivos”, explica Trilico.


Mas calma. Veja as dicas do neurologista para sobreviver e enfrentat as festas:
 
1.    Estabeleça limites claros:
Escolha quais encontros participar e por quanto tempo. É válido sair antes ou tirar pequenas pausas quando sentir sobrecarga.


2.    Prepare estratégias de autocuidado:
Leve fones de ouvido, pratique técnicas de respiração ou mindfulness e tenha um “refúgio” seguro para se acalmar quando o ambiente ficar intenso.


3.    Comunique suas necessidades:
Amigos e familiares próximos podem não entender os desafios do masking. Uma conversa breve sobre limites de socialização ou preferências sensoriais ajuda a reduzir pressão e estresse.


4.    Evite comparações:
Segundo Trilico, o risco de ansiedade aumenta quando a pessoa se compara com outros participantes ou tenta se comportar de forma excessivamente performática. “Aceitar que cada um tem seu ritmo e seu jeito de se divertir é libertador”, reforça o neurologista.


5.    Planeje pequenos momentos de descanso:
Intercalar socialização com momentos de pausa ajuda a manter a energia e evita o burnout autístico, fenômeno descrito por especialistas como o esgotamento emocional de quem vive mascarando sua identidade.


Para Dr. Trilico, a meta das festas de fim de ano não precisa ser perfeita socialmente: “O importante é se sentir bem consigo mesmo, aproveitar o que é gostoso e respeitar seus limites. Não há problema nenhum em dizer ‘preciso de um tempo’. Seguindo essas orientações, é possível aproveitar as celebrações sem se sentir sobrecarregado, cuidando da saúde emocional e mantendo a autenticidade, mesmo em meio ao agito típico das festas de fim de ano”, conclui Dr Matheus.


Dr. Matheus Luis Castelan Trilico – CRM 35805PR, RQE 24818.
• Médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA);
• Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR);
• Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR
• Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista
 
Mais artigos sobre TEA e TDAH em adultos podem ser vistos no portal do neurologista: https://blog.matheustriliconeurologia.com.br/

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